O Prazer da Dor

 
Antes carregado de uma áurea sombria, o sadomasoquismo ganhou o gosto popular com o livro 50 Tons de Cinza.

Trilogia de Sucesso
Nunca chicotes, vendas e algemas estiveram tão na moda. O sucesso do livro 50 Tons de Cinza (e seus sucessores) vem abrindo a cabeça de muita gente para um prática até então tida como pervertida. Para aqueles que ainda não conhecem o tema, não é algo difícil de se entender. O sadomasoquismo depende de dois elementos básicos: um sádico (pessoa que sente prazer em infligir dor aos outros) e um masoquista (pessoa que sente prazer em sentir dor).

Olhando dessa forma, realmente não se parece com algo que casais convencionais fariam, mas é aquela velha história de "a maldade está nos olhos de quem vê". Afinal, existe sim aqueles que gostam de algo mais "hardcore", mas os elementos do sadomasoquismo também podem ser utilizados para apimentar a relação e sair da rotina, de maneira segura e prazerosa.

No mundo do entretenimento, o tema já foi bastante trabalhado e vale relembrar algumas das obras que retrataram tal prática.

Salò ou  120 Dias de Sodoma
Nos cinemas, muitos filmes já abordaram o assunto, entre eles o Contos Proibidos do Marquês de Sade, no qual acompanhamos o mesmo em seus dias na prisão. Vale comentar que do nome dele que deriva o termo "sadismo" (devido à natureza de suas obras).

Sade, por sinal, tem vários títulos sobre o assunto e entres eles se encontra Salò ou 120 Dias de Sodoma, que retrata o lado mais obscuro da prática e que não é nada recomendável para os "fracos de coração". Tal obra ganhou uma versão cinematografia em 1975, igualmente difícil. Ainda abordando o lado negro do tema, temos 8mm e seus vídeos de tortura sexual.

Mata-me de Prazer
Mas nem só de coisa ruim viveu o tema, Mata-me de Prazer trouxe um lado mais convencional, ainda que disfuncional, da coisa e a série Desperate Housewives trouxe um marido que queria sair da rotina utilizando alguns acessórios. Já em Shameless temos uma personagem que gosta de utilizar certo utensílios na cama que colocariam muitos homens para correr (mas há quem goste!).

Já no mundo da música, lá em 1992, Madonna trazia um clipe polêmico e carregado do assunto. Tratando tudo como sujo, vulgar e violento, o clipe de Erotica representava a visão que a grande massa tinha do assunto: algo para pervertidos, que precisava ser feito escondido. Resultado? O clipe gerou extrema polêmica e chegou a ser proibido de ser exibido em vários países.



Durante os anos, muitos artistas brincaram com o assunto em suas música / clipes, entre eles Christina Aguilera, 30 Seconds to Mars, Marilyn Manson... Mas foi a cantora Rihanna que trouxe de volta o tema ao grande mundo da música pop e enfrentou os mesmo problemas (em escala menor, evidentemente) que Madonna. "Paus e pedras podem quebrar meus ossos, mas correntes e chicotes me excitam", dizia a cantora na letra de S&M, música cujo clipe também chegou a ser proibido em alguns países. Vale ressaltar que, diferente do clipe de Erotica, esse era carregado de cores e trazia uma atmosfera de diversão, jogando fora todo aquele peso natural do tema e o tratando como algo mais normal.


Talvez seja essa a visão que tenha ganhado força com trilogia literária. Afinal, tudo não passa de uma grande diversão e como toda ela, resta saber se você sabe ou não a aproveitar.

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