Por João Paulo Reis (@joaopaulodreis)
O episódio que tanto fora anunciado pela
ABC chegou para revelar a identidade do falado Falcon, hacker que ajudou os
Grayson em diversas falcatruas na empresa.
Meu medo quando há poucos episódios o nome Falcon foi citado era que a
equipe de roteiristas da série não conseguisse fechar o arco, e deixasse pontas
soltas como aconteceu na primeira temporada, onde várias perguntas ficaram sem
respostas. Sem respostas os telespectadores não ficaram, mas foram
satisfatórias?
Como já é de praxe, o episódio contou com
um evento para reunir praticamente todo o elenco e isso não é ruim, me agrada o
fato de acontecer quando como em Identity
intercala todos os enredos com diferentes pesos dramáticos. O aborto que
Victoria fez aos 16 anos ganhou destaque porque por ironia Conrad resolveu
adotar a “transparência” em sua campanha eleitoral. Victoria já mostrou que é
uma mulher extremamente emocional que se contém para parecer forte (ou sê-lo).
Por esse momento conseguimos entender que a paixão que ela nutre pelos filhos é
embasada num sentimento de culpa por ter abandonado seu primogênito na primeira
oportunidade que viu para tentar ascender na vida.
Mas espera, como Victoria aos 16 anos foi
para a faculdade de artes sem concluir o ensino médio? Porque não é comum
(sobretudo nos EUA) terminar o High
School com essa idade. A boa parte
desse plot aparentemente bobo e
novelesco é que Mike Kelley conseguiu amarrar algo decente sobre a personagem
com a primeira temporada, afinal não dá pra esquecer que além de amante das
artes, Vicky ex-Harper também seu amante pintor né? E quando a maior vergonha
da vida da mulher mais poderosa dos Hamptons vai a tona via satélite em rede
nacional, o que ela faz? Se levanta do sofá elegantemente e vai procurar um
hacker para ajudá-la a encontrar seu filho perdido.
Por falar em Grayson, vamos à filha
rebelde. Sim, porque Charlotte se alterna entre o temperamento meigo e rebelde.
Quem puder assistir à primeira temporada na Globo (com SAP e Closed Caption
ligados por favor) ou nas maratonas dominicais do Sony façam isso e percebam: a
garota episódio sim episódio não teve embates com os pais, e em Identity com toda sua vulnerabilidade se
deixou levar por Regina e sua identificação com o drama vivido pelo irmão da
moça. Charlotte é o tipo de personagem que a gente gosta, tem pena por ela ver
sua família sempre envolvida em escândalos, mas suas atitudes sempre levadas
pela emoção e imaturidade faz com que passemos a não compreendê-la bem. Eu não
consigo enxergar para ela uma importância na terceira temporada, a menos que a
própria vire o jogo, e no momento em que Conrad vença as eleições seja ela a
principal pedra no sapato na imagem pública da família, porque como ela mesma
disse, ela é a filha que os pais tentam esconder.
Desculpe Jack, mas você não me convenceu
tentando ser esperto ao fotografar o Conrad com a Nan Flanagan esposa do
governador, e Ashley que estava meio
sumida da temporada, voltou a ter uma função, e não duvido que ela passe a
perna em Conrad e Jack ao mesmo tempo, porque bitch boa é bitch que
finge de amiga, busca café, oferece apoio e depois diz que não estava agindo em
lado nenhum, só o seu próprio.
Sobre a presença de Takeda (a cada vez que
olho para o ator entendo menos a escolha dele para viver o mestre da vingança),
a impressão que tenho é que retornou apenas para reforçar que Aiden precisa
sair de cena para Emily manter sua vingança mais emocional.
E Falcon? Foi bom ver um plot fechado mesmo que de forma boba
ficando no ar a impressão de que foi fácil demais e que Nolan Leslie Ross
(Lorde Zolton) poderia ter feito isso há muito mais tempo. Recapitulando: Edith
Lee era um gênio da informática contratada precocemente pela Global Grayson
para implementar a rede da empresa, e quando precisaram de evidências falsas
para incriminar David, recorreram à ela, e assim nasceu seu apelido hacker. Foi
ainda a moça quem plantou provas que fizeram Nolan ser interrogado pelo
assassinato de Padma, passando 20 horas na cadeia. Infelizmente só o ego, não
explica o fato de alguém entrar numa disputa de Street Fighter num fliperama que (pasmem) existe desde os anos 80.
Pior: sendo a hacker mais foda do mundo, ela foi bem inocente em não perceber o
tal programa fantasma no pen drive que Nolan a entregou.
Pra finalizar, o quadrado
Emily-Aiden-Daniel-Jack deve ganhar novos contornos de drama já que a vingadora
voltou ao seu objetivo inicial com o aval do atual (e verdadeiro) namorado ao
aceitar o pedido de noivado de Daniel.
PS: O tablet de Victoria surgiu na
penteadeira?
PS 2: Quero Emily fazendo tramóias tecnológicas junto comigo, porque ela sabe olhar o IP de um ipad em 2 segundos numa sala cheia de gente, sem que ninguém desconfie.
PS 2: Quero Emily fazendo tramóias tecnológicas junto comigo, porque ela sabe olhar o IP de um ipad em 2 segundos numa sala cheia de gente, sem que ninguém desconfie.
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