[REVIEW] American Horror Story - Coven: 1 - Bitchcraft


American Horror Story é uma série estranha e nem estou falando por conta de suas bizarrices. A primeira temporada veio com uma trama repleta de altos e baixos, que tinha como principal problema a falta de carisma dos personagens principais e que terminou com um final frustrante. Já a segunda temporada trouxe um clima extremamente pesado em sua primeira metade, fazendo uma ótima construção de personagens e abordando de forma eficiente diversos temas (vale ressaltar que os e.t.s não foram um deles), mas que se destruiu na segunda metade com finais apressados e exagerados, transformando uma temporada que tinha tudo para ser fantástica em algo mais ou menos.

E aí chega Coven, com aqueles teasers mega diabólicos e abertura extremamente pesada, mas que nos episódio emula clima de filme adolescente. Há uma certa irregularidade na série, creio eu, causada pelo Ryan (e seu time de roteirista).  Eles são ótimos em criar tramas, mas péssimos em finalizá-las, assim como na busca de abordar o máximo de coisas possíveis envolvidas no tema da temporada, sempre acabam escorregando feio e exagerando. Afinal, tratar bem de algo sobre determinado tema é bem mais eficiente do que querer tratar de tudo não dizendo nada.

Dito isso, confesso que assisti a estreia dessa temporada com os dois pés atrás, mas que acabei gostando de boa parte do que vi. Claro, os exageros e cenas desnecessárias continuam lá: alguém conseguiu não rir na cena em que “os homens de preto” chegam para levar a Zoe (que mata todos aqueles com que faz sexo)? Ou nas cenas das mortes dos rapazes após terem relação com a menina? Para quê aquela língua de fora, homenagem a Miley Cyrus?


Mas tirando essas e outras pequenas coisas, o episódio foi eficiente em apresentar seus personagens. A trama tem com eixo central as bruxas Fiona, Madame LaLurie e Marie Laveau, com as duas ultimas ligadas por um desejo de vingança. Por sinal, Kathy Bates não teve muito tempo de tela, mas já mostrou a que veio com sua LaLurie, que soou como nada menos que a maldade em pessoa. A atriz é uma das grandes promessas da temporada e deve dar um verdadeiro show ao lado da Lange. Agora, qual será o papel de Fiona na briga das outras duas bruxas?

O outro principal arco da trama é a escola para bruxas administrada por Cordelia (Sarah Paulson), uma bruxa que prega “um controle nas bruxarias”. É na instituição que se encontram Madison, uma jovem atriz famosa, Queenie, cujo corpo é um grande boneco de voodoo, e Nan, que é uma espécie de vidente. As três jovens bruxas devem ser a ligação direta de Zoe com esse novo mundo e sua nova natureza, que já começou a dar as caras na reta final desse episódio. Resta saber se o resto do seu desenvolvimento será algo interessante de se acompanhar.

P.S.1: Ficou meio que na cara que a bruxa Misty Day em algum momento vai voltar para cumprir sua vingança, né?


P.S.2: A morte do Kyle me surpreendeu, mas duvido que o rapaz fique morto por muito tempo, o que me leva a pensar que talvez as jovens bruxas sejam responsáveis pelo retorno de Misty, que por sua vez traria o Kyle de volta. Ou estou viajando muito?

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