Exageros, cenas dispensáveis e um péssimo trabalho de
direção. Assim se resume esse inicio de temporada de American Horror Story.
Já tinha comentado aqui que o maior erro de American Horror
Story é não se contentar em desenvolver uma boa trama, o que importa para seus
criadores é misturar o máximo de coisas possíveis sobre o tema da temporada. E
parece que não aprenderam nada com erros passados.
A temporada segue repleta de cenas desnecessárias (o que
falar da cena do ritual de fertilidade, cuja única utilidade foi chocar?),
tramas irritantes (as jovens bruxas são péssimas) e pouco desenvolvimento do
que realmente importa. Não que a trama principal esteja parada, mas está bem
longe de ter um desenvolvimento decente.
Três acontecimentos marcaram os episódios mais
recentes: Misty, a volta do Kyle e a
trama sobre a suprema. Então, vamos por partes.
Confesso que a descoberta que a Misty na verdade está viva
foi bem frustrante, esperava um retorno triunfal de uma bruxa poderosa e “com
sangue nos olhos”, mas o que vimos foi uma bruxa chata e desequilibrada que
sofre por viver só. Já a volta do Kyle sofre de outro mal: o exagero! Qual a
necessidade de colocar o rapaz como um Frankenstein? E o mais legal é que todos
as partes do novo corpo do rapaz se adaptaram perfeitamente a ele, né? E tipo,
até com as cicatrizes já deram um jeito de sumir, ou seja, a cena toda foi
pensada só pra incluir uma citação. E o que falar da trama dele ser abusado
pela mãe? Mais uma fica a sensação de chocar por chocar, já que não vejo mais
qualquer desenvolvimento para isso.
Mas como nem só de coisa ruim vive a série, Fiona teve bons
momentos nestes dois episódios. Tanto seu confronto com Laveau quanto a trama
da nova suprema deram a chance da atriz mostrar todo seu talento. Então fica a
grande pergunta: por que a série não foca nisso? Qual a razão de perder tempo
com as jovens bruxas irritantes (sério, alguém suporta a Zoe?) ou com a trama
aleatória da Cordelia? É no embate entre as três bruxas que mora o potencial da
temporada e isto está sendo totalmente subaproveitado. Por exemplo, depois do
ótimo começo do piloto, a personagem da Kathy Bates “sumiu “ em cena, a
promessa de uma personagem marcante deu lugar a uma que se sustenta pelo bom
trabalho da atriz e só. Já passou da hora de fazer a trama andar e dá destaque
quem realmente merece.
Antes de acabar, preciso comentar sobre a Madison. A garota
é a única personagem interessante entre as bruxinhas e espero que arrumem um
jeito de trazerem a mesma de volta, acho que a mesma poderia render muito com essa trama de suprema. Já quero “choque de monstro” entre ela e
Fiona, que por sinal mostra-se cada vez mais disposta a tudo para manter sua
posição.
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