Quem teve sua infância na década
de 90 como eu certamente deve se lembrar da expressão “Por Merlin!”. A tal
frase era dita por Angélica no alto de seus 24 anos quando começou a
interpretar na TV, Bela, um fada atrapalhada cheia de cachinhos que divertiu as
manhãs da Rede Globo de 1996 a 1998.
Quando resolveu contratar
Angélica para seu cast, a rede globo apresentou à ela a proposta de dois
programas: Um deles seria um programa de auditório (“Angel Mix”), e o outro uma
novela para crianças (“Caça Talentos”), afinal os esquetes que ela interpretava
no “Casa da Angélica” nas manhãs do SBT eram um enorme sucesso. E assim nasceu “Caça
Talentos” que estreou na TV no dia 16 de setembro de 1996, às 11:30 como um
programa à parte e não dentro do “Angel Mix” que estreava então no mesmo dia.
A
série que seguia o formato semanal dividido por capítulos (a cada semana um
novo mote com início na segunda e finalização na sexta) caiu nas graças do
público (não só infantil), contando a história de Bela, uma órfã que foi
encontrada por duas fadas, Margarida e Violeta e criada por elas como
semelhante adquirindo assim o status de meio-humana e meio-fada e que ia para o
mundo real para decidir se queria ser completamente humana ou completamente
fada. Ao conseguir um emprego como produtora numa agência de vídeos chamada
Caça Talentos, a loirinha passou a viver emoções e muitas aventuras engraçadas sempre
tentando conciliar o jeito humano de fazer as coisas com questões que pudessem
ser resolvidas por mágica.
Trabalhavam na agência (que sempre
estava imersa em dívidas), o dono dela Arthur Carneiro (Eduardo Galvão), sua
secretária Carina (Claudia Rodrigues), o segurança Avalanche (Tony Tornado), o
palhaço e dono da cantina Tremedeira (Antonio Pedro), a recepcionista Drica
(Ana Furtado), o boy Souboy (Igor Lage), e a sócia Silvana Carloff (Helena
Fernandes) que não acreditava no sucesso da empresa, e como vilã armava para
que a agência fracassasse e ela tivesse sua parte de 32% em cima da venda da
casa onde funcionava a agência.
A série teve 3 temporadas,
respectivamente nos anos 1996, 1997 e 1998. Os finais de temporada foram marcados
por grandes acontecimentos: na primeira a “morte” de Órion (Eri Johnson) que
deixou a trama e na segunda um meteoro que ameaçava cair sobre a terra e foi
destruído por Bela através de uma corrente de energia. O número de
participações especiais ao longo dos 2 anos e 2 meses no ar ultrapassou 150.
A partir do capítulo 40 foi
adicionado um narrador ao início de cada capítulo contando o que havia acontecido
no dia anterior, e logo após a mudança de temporada, a série passou a ter dois
comerciais, o que elevou seu tempo de exibição a cerca de 45 minutos. O sucesso
foi tamanho que Angélica caracterizada como a personagem passou a estampar
publicações voltadas para o público infantil da época, como a revista “Contigo! Criança”.
Em Julho de 1997, entrou ao ar um episódio especial de férias com 25 capítulos
e inúmeras participações especiais.
Problemas começaram a surgir a
partir do início da terceira temporada em março de 1998, com a mudança de direção,
que antes de Boninho passou a ser da competência de Jorge Fernando. Furos no roteiros,
e contradições à mitologia da série pesavam no enredo que foi decididamente
voltado para resolver a situação amorosa da fadinha Bela e do seu chefe Arthur.
A saída das duas vilãs Silvana e Drica murchou a audiência, que costumava ficar
na casa dos 33 pontos, excelente número para o horário. Mas Bárbara (Adriana
Garambone), vilã substituta não era divertida como Silvana, e se caracterizou
como uma personagem pesada (que tinha intenções de assassinar Arthur para ficar
com o dinheiro da venda do casarão) e mal construída.
A série perdeu espaço na grade
passando a ocupar apenas 15 minutos diários dentro do “Angel Mix” terminando no
capítulo 565 (e não no capítulo 500 como reza a lenda), exibido no dia 20 de novembro
de 1998 e não trazendo um final feliz para a protagonista como todos esperavam.
Houve a promessa (não cumprida) que a personagem voltaria no ano seguinte numa
nova série, projeto que foi engavetado pela Rede Globo.
Todos se lembram com saudade da
Fada Bela, e muitos acreditam até que era “Caça Talentos” o que conseguia
segurar a audiência do programa anterior “Angel Mix”, que depois do fim da
série ficou apenas alguns meses no ar, levando Angélica a ficar por quase 1 ano
sem um programa pra chamar de seu.
Vale lembrar que a série foi reprisada pelo Canal Viva (que pulou 25 capítulos da segunda temporada) de 22/05/2010 a 17/05/2012, e recomeçou no mesmo canal, de segunda à sexta às 14 horas.
Pra quem quiser matar as saudades e saber mais sobre Caça Talentos, eis aqui o link para a página dedicada à série no Facebook
Pra quem quiser matar as saudades e saber mais sobre Caça Talentos, eis aqui o link para a página dedicada à série no Facebook
quero ser artista pfv
ResponderExcluirja fui modelo de maniquim
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