“I,m
Amanda Clarke” – Emily Thorne
Após uma temporada, confusa cheia de altos
e baixos (mais baixos que altos) chega ao final mais um ano de Revenge. Compreendo exatamente o que o
criador da série Mike Kelley sentiu ao abandonar seu projeto. Ele queria dar
uma sobrevida à sua trama com temporadas mais curtas, mas a emissora preferiu
privilegiar o grande número de episódios em detrimento da qualidade. O episódio duplo
seguiu o ritmo da temporada, alternando entre momentos de tensão e momentos
sonolentos, e no final das contas deu a sensação de que tudo foi corrido
demais.
E já que a ordem parece ser recomeçar, nada
melhor que reparar as arestas tentando evitar pontas soltas (#Fail). Começamos com o Carrion entrando em ação e gerando um blackout em toda Nova Iorque, levando as pessoas ao pânico, que como já era sabido, é a forma como a iniciativa obtém lucro.
Emily estava certa ao prever que a tal organização faria de Aiden um novo David
Clarke tentando incriminá-lo, já que os ataques hackers começaram exatamente
onde ele havia comprado empresas a pedido de Helen Crowley.
Desde que comecei a fazer reviews da série fico impressionado com
a ingenuidade do Jack. Ele é o tipo de sujeito que de tão bom se torna bobo e
quando tenta ser esperto acaba se atrapalhando todo. Por que ele achou que
pudesse confiar em Victoria contando sobre o notebook que conteria provas contra
Conrad no caso David Clarke? Só pra constar, mesmo Vicky sendo apaixonada por
ele, não a impediu de tramar contra o amado, por que então ela faria algo para
tentar reparar isso depois de anos?
E Takeda, quem diria, tinha sua própria
vingança particular contra a iniciativa devido à sua noiva que morreu no vôo
197. Mas aqui a morte do professor de Emily se torna bem mais que uma porta
para vingança e sim a possibilidade de fazer a nossa mocinha sentir novamente,
mostrar que além de bravura, possui um coração. Revenge quer conquistar o público novamente com sua protagonista passional
e isso não é ruim, assim como devolver a Nolan sua importância perdida.
Long
Live to David Clarke: Conrad queria que a tragédia acontecesse
para virar a eleição a seu favor, estar no lugar certo e na hora certo para
ajudar a salvar pessoas (sendo que não tinham mais funcionários no prédio,
apenas Jack era pra estar) e mostrar seu espírito solidário perante as câmeras.
A sequência foi bem produzida e uma das melhores que já vi na série,
justamente porque criar uma atmosfera de caos com direito a centenas de
figurantes não é algo simples para uma série que dispõe dos recursos de Revenge.
Charlotte está sempre tão envolvida em plots imbecis que fico sem saber pra
onde a história da moça vai correr durante a terceira temporada. Após seu
momento Britney + Paris Hilton, badalando pela high society nova-iorquina, ela volta a seu estágio de fragilidade
constante agora grávida. Tento imaginar como ela ficará ainda mais
vulnerável sem Declan, seu porto seguro.
Tivemos novamente uma pequena sessão de
diálogos Victoria versus Emily (a onipresente) “Como é triste pra você Victoria, dos seus três filhos, os dois que você
quis reconhecer não querem nada com você, essa é a verdade”. KNOCKOUT!
Foi chato ver Aiden e Daniel trocando socos a
cada encontro, pareciam duas crianças. Se Daniel fosse minimamente inteligente
como seu pai ele tentaria no mínimo pesquisar as entrelinhas na frase de Aiden:
“Cada
gota de sangue que a iniciativa derramou também está nas mãos dos Grayson, você
sabe disso. O quanto antes começar a pagar, será melhor para todos incluindo
a para a mulher que você diz amar”.
Num episódio chamado Truth não poderiam faltar verdades. A série sempre foi (creio que
depois de Dallas) uma referência em
personagens sambarem na cara dos outros, mas dessa vez resolveram sambar na
nossa cara querido telespectador. A iniciativa que tanto odiamos porque tirava
o foco do enredo principal, simplesmente não existe (a partir desse momento
entendi a escolha de um episódio duplo), e foi inventada por Conrad e um grupo
de empresários experientes e maliciosos para obter lucro de tempos em tempos em
cima do medo das pessoas, com a única explicação que as pessoas gastam (e
investem) mais quando sentem medo. Confesso que após a saída do criador da
série, essa foi (mesmo com os furos) uma grande justificativa para dar fim a uma trama
que ninguém gostaria que sequer existisse. E essa verdade veio como uma bomba
para Victoria, que na primeira oportunidade pediu para que Jack a matasse.
Victoria está longe de ser uma mártir, mas foi explorada pela mãe, abusada pelo
namorado da mãe, engravidou dele, precisou abandonar o filho, se casou com um homem,
se apaixonou por outro e foi contra o homem que amava por medo de uma organização
criminosa que no final das contas nem existia, vive em função dos filhos que só
desprezam a mediocridade que ela lhes representa, e tanto Emily como Jack
conseguiram acertar o ponto fraco da pseudo-vilã: o coração.
No final das contas, Emily impediu Jack de
fazer aquilo o que ela também nunca fez: matar alguém e se deixar corromper por
completo pelo ódio, mas me chamou a atenção ele ter passado duas temporadas não
sabendo quem ela era verdadeiramente, e em dois segundos no calor da emoção ter flashbacks
relâmpago da Amanda criança. Assim como previ em reviews anteriores, creio que pra Jack a revelação veio agora, e
provavelmente virá para todos no fim da terceira temporada, assim existe a
possibilidade da série fechar redondinha numa possível quarta e última
temporada.
PS:
E
o prêmio Paola Bracho de melhor cena de novela mexicana vai para Victoria e sua
taça de vinho tinto caindo ao ver seu filho Patrick. Eu só consegui rir
daquilo, porque até o slow-motion que
usaram foi altamente brega.
PS
2:
Não foi corajoso matar Declan, porque era um personagem que mesmo tendo maior
peso dramático que outros (Ashley por exemplo) era alguém com quem não
conseguimos nos importar muito, então foi triste por ser um personagem
completamente inocente, mas nada chocante nem necessário.
Pergunta
1:
Charlotte disse para Declan no telefone que estava com Daniel. Como ele sabia
que Daniel estava na Global Grayson e foi procurar por ela exatamente lá?
Pergunta
2:
Mesmo o apagão tendo durado pouco mais 3 horas, quais foram os verdadeiros
estragos por trás dele além de uma possível leve prejudicada na bolsa de valores?
Pergunta
3: Padma?
Tava viva? Gravou esse depoimento quando?
Pergunta
4: Se
a iniciativa não existia, quem era realmente o homem do cabelo branco?
Pergunta 5: Por que motivo, razão, circunstância Nolan criou um superprograma capaz de apagar as luzes da cidade? Será que ele planejava uma participação em Revolution?
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