Quando as Luzes se Apagam

Direção frágil e roteiro medíocre fazem do longa uma das maiores decepções do ano.

É bastante comum curtas do gênero terror fazerem sucesso na Internet. Tais produções se aproveitam de seu pouco tempo para escapar do que talvez seja o maior problema de filmes do gênero: o desenvolvimento. Um coisa é fazer um curta onde se apresenta uma ideia de premissa e outra, bem mais complexa, é conseguir desenvolver de forma satisfatória ao longo de mais de uma hora essa ideia. E aí está o grande problema de transformar esses curtas em longas, de pegar ideias que parecem geniais e tentar desenvolvê-las: a ideia pode acabar se mostrando nem tão genial assim.

Cena de Quando as Luzes se Apagam.
Dirigido por David F. Sandberg, o filme pega a premissa do curta, de uma "entidade" que ataca quando as luzem se apagam, e tenta desenvolver acrescentando um drama familiar. E a palavra certa é realmente "tenta", porque o roteiro de Eric Heisserer nunca consegue chegar ao seu objetivo.  Na verdade, é exatamente o roteiro o ponto mais grotesco da produção.  Totalmente sem sentido, ele vai atirando coisas no colo do espectador sem se preocupar com qualquer desenvolvimento lógico e apelando para situações que, alinhadas com a direção fraca do longa, geram mais risos do que tensão. Falando em tensão, vale destacar a total falta de capacidade de construção de um clima de tensão durante a maior parte do longa, que acaba se resumindo a sustos fáceis e momentos esquecíveis. Vale ainda citar o péssimo desempenho do elenco, que soa caricato na maior parte do longa, tornando o roteiro ainda mais trágico.

No fim das contas, o melhor momento do filme é quando a luz da tela se apaga e sobem os créditos.

Nota: 2.5/10.0

Confira o trailer do longa:

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