Apesar de levantar questões interessantes, longa dirigido por Justin Kelly não consegue desenvolvê-las de modo satisfatório.
Baseado no artigo "My Ex-Gay Friend" de Benoit Denizet-Lewis, o longa segue Michael (James Franco em mais um atuação que deixa a desejar), um defensor dos direitos LGBT que, após problemas de saúde, decide parar de se identificar como gay e seguir um caminho de fé. O embate religião vs homoafetividade sem dúvida alguma renderia horas e horas de debate e questionamentos válidos, no entanto, o roteiro não sai do lugar comum e aborda tudo de maneira superficial e corrida. Não há tempo para nos envolvermos com o que os personagens estão passando e tudo vai sendo jogado na tela da maneira mais preguiçosa possível. A própria jornada de Michael de defensor da causa gay para praticamente um fanático religioso acaba soando forçada, mesmo sabendo que ela realmente aconteceu.
O longa pelo menos trata de não ser uma desserviço a luta da comunidade LGBT, nunca colocando a religião como "cura" para a suposta doença da homoafetividade e mostrando, ainda que de maneira implícita, que a tal "cura" é mais uma "lavagem cerebral" aceita por pessoas destruídas por anos de preconceito e ódio, e que buscam uma paz exterior que só serve para aumentar a dor e sofrimento interior.
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