Juste la Fin du Monde // É Apenas o Fim do Mundo


Apesar do elenco de peso, Dolan entrega um de seus filmes mais fracos.

No entanto, vale deixar claro logo de cara, o filme passa longe de ser ruim. Depois do sensacional Mommy, Xavier segue explorando sua direção firme e entregando o que seus admiradores tanto amam: muita verborragia, personagens histéricos,  momentos musicais e uma trama envolvente, ainda que dessa vez extremamente simplória.


Na trama, Louis (Gaspard Ulliel) decide voltar para casa após 12 anos afastado da família, o motivo: contar para os parentes que está com uma doença terminal. No entanto, a chegada do rapaz reabre antigas feridas e coloca a família inteira em uma "lavagem de roupa suja". Ulliel se destaca conseguindo demonstrar toda a angústia do seu personagem que além do peso da doença carrega a dor do questionamento se deve mesmo revelar seu segredo para a família, afinal de contas, que bem isso traria? No elenco, ainda se destacam Nathalie Baye, como a matriarca da família, e Vincent Cassel como o irritante Antoine, irmão de Louis. Marion Cotillard e Léa Seydoux completam o elenco, mas acabam sem ter um grande momento para se destacarem.


Sem revelar o local e tempo em que a trama se passa, assim como evitando revelar a doença de Louis, Dolan abre as portas para um mar de suposições. Uma das mais fortes é que a tal doença é a AIDS e que o personagem Louis é gay, fato implícito em diversos diálogos ao longo do filme. No entanto, a doença é apenas um catalisador dos acontecimentos, não importando de fato qual é a mesma, mas sim o peso dela sobre Louis e as consequências do que ela o leva a fazer.

No fim, mesmo não sendo o que se esperava da união de Dolan com um elenco tão incrível, Juste la Fin du Monde é um filme que merece ser conferido e apreciado sem medo.

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