[REVIEW] Once Upon a Time - 2x05 - The Doctor

Por Everaldo Santiago (@vesanthiago)


Amor e Poder. Calma! Não estou falando daquela música monstra da Rosana. É que parece que a minha teoria de que esta temporada está focada nestes dois aspectos se reafirma a cada semana. Aparentemente, um supre a falta do outro na vida de personagens como Regina e Rumplestiltskin.

Com um episódio chamado “The Doctor” e aqueles raios aparecendo na abertura, logo me liguei no que iria se passar, mas vamos por partes.

Fiquei feliz quando vi Maria Margá, sua filha Emma, a princesa figurante e a japinha de novo, já que elas não apareceram no episódio anterior. As garotas chegaram serelepemente ao acampamento em busca de uma solução para seus problemas, mas descobriram que eles estavam longe de acabar quando viram aquela galera sem coração abandonada no chão. (Algo me diz que eu não usei a locução adjetiva no lugar certo!)

Dom Hook bem que tentou, mas seu plano fracassou porque a nossa protagonista loura descobriu sua farsa (e eu tive a ligeira impressão de que aquela sua habilidade de saber quando alguém está mentindo não é exatamente humana, mas pode ser um dom mágico herdado de alguém – só acho!) e o ameaçou de morte caso ele não se explicasse – bem feito! “Pacabá”, ele disse a verdade, contou uma história enrolada sobre uma bússola mágica, falou que a Dona Cora ainda mantinha interesses nos negócios do contrabando de pó mágico e as levou ao que eu acho que é o pé de feijão do João dizendo que a tal bússola está lá em cima com o gigantinho. Se é armadilha ou não, eu acho que saberemos no próximo – considerando que as protagonistas andam meio sem prestígio ou com preguiça de filmar.


Continuando lá no Mundo Mágico – Fada Bela, ainda te espero por aqui – somos apresentados a uma inocente e confusa Regina dando os primeiros passos no mundo da magia, orientada pelo seu mentor Rumplestiltskin. Ainda esperançosa de encontrar uma maneira de trazer seu amado de volta à vida, Regina é apresentada ao Chapeleiro e a um suposto médico que lhe garante ser capaz de realizar o feito. Enganada pelos três e com muito ódio no coração, Regina estava pronta para servir aos planos de Rumplestiltskin e condenar todos a uma maldição que os levaria à “Terra Sem Magia”.

Com um coração roubado, o Dr. Frank parte para sua terra a fim de realizar sua experiência mais ambiciosa, e eu confesso que embora já estivesse ligado no movimento do tal médico, achei uma bizarrice imensa vê-lo dar vida à figura do Frankstein, que lá, é seu irmão. (O que será que ele fará?)


Vindo para Storybrooke, os problemas parecem ser maiores ainda. Com a intenção de obrigar Regina a usar seus poderes e mandá-lo de volta ao encontro do irmão, o Dr. Baleia consegue – sabe-se lá como – dar vida ao corpo de Daniel e este sai assombrando a cidade já que não tem orientação de tempo e espaço. É fato que Regina precisava fechar essa Gestalt na sua vida e eu achei emocionantemente bela a prova de amor que ela deu ao Daniel permitindo que ele partisse para o mundo dos mortos, já que ele não pertencia mais ao nosso.
Falando em amor, acho que nunca imaginávamos poder associar essa palavra a Regina, mas, em suas sessões terapêuticas com o Dr. Grilo, percebemos o quanto ela parece estar mudada e disposta a ser uma pessoa diferente daquilo que a amargura e o poder lhe fizeram tornar-se. Ou ela está “descarada e bem pensadamente” ludibriando todo mundo ou vamos ficar bem balançados sobre qual mãe deverá ficar com a guarda do Henry mais adiante.



Por fim, percebo que embora esse episódio tenha o mérito  por mostrar como nasceu e desenvolveu-se o plano que movimenta todo o enredo da série – a maldição –, pecou em alguns pontos:

1. O feitiço de preservação do corpo do Daniel pareceu algo inventado de última hora e desconectado do texto. Na temporada anterior, vimos que Cora o matou numa época em que Regina ainda não possuía poderes, e pelo que deu a entender, ela demorou a adquiri-los e saber usá-los. Até isso tudo acontecer era tempo suficiente para o corpo do rapaz apodrecer e virar lanchinho de vermes.

2. Fiquei cansado com aquele vai e vem entre os núcleos e acredito que embora ainda seja cedo para se afirmar qualquer coisa, a quantidade de personagens introduzida na história a cada episódio pode não ser algo tão benéfico assim já que impede o desenvolvimento de outros que já estão na série e parece prejudicar até mesmo as personagens centrais da trama que perderam espaço nos dois últimos episódios.
Contudo, acredito que a produção deve saber o que faz e eu espero que toda essa salada de personagens seja para o bem estar geral. Sem mais, aguardamos o próximo.


P.S.: Regina afirmou ao Dr. Baleia que ela só trouxe ao nosso mundo quem ela quis. Isso explicaria o fato de alguns lugares terem ficado livres da maldição? Que critério ela usou para escolher quem trazer além dos personagens óbvios como Snow e Charming?

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